Confesso que estava pensando em que texto escrever pra começar mais uma semana aqui no Silêncio no Estúdio. Geralmente, quando não tenho muita novidade ou resenha pra fazer, gosto de ver as datas comemorativas pra falar de um álbum clássico, como já fiz algumas vezes por aqui. Quando comecei a pesquisar, uma coisa me chamou a atenção.
No dia 15 de setembro, perdemos Johnny Ramone dos Ramones em 2004, Richard Wright do Pink Floyd em 2008 e Ric Ocasek do The Cars em 2019. Cada um teve uma importância não só na minha vida, mas na vida de muita gente, de maneiras diferentes.
No caso de Johnny Ramone, é fácil entender sua influência. Suas palhetadas na guitarra, com velocidade e acordes simples e precisos, fizeram dele uma lenda da música e do punk. Sem ele, não teríamos várias bandas atuais que existem hoje. Mesmo sendo uma pessoa polêmica na vida pessoal, no consenso musical ele é um dos guitarristas mais importantes da história, mesmo não sendo um guitar hero.

Imagina o Johnny com um perfil no Instagram hoje em dia? Ninguém ia seguir. A “virtuose” das redes sociais não tem espaço para o simples. Mas a inovação normalmente vem do simples. E com sua banda ele fez história. Apesar de muito famosa, e com o maior número de camisetas impressas na história, o Ramones nunca teve o sucesso comercial gigantesco de outras bandas de rock, mas o legado é colossal.
Meu primeiro contato com Ric Ocasek foi ouvindo seus hits do The Cars, principalmente Drive. É curioso que o maior sucesso de uma banda chamada “os carros” seja uma música chamada “dirigir”. Mesmo com sua banda excelente, o Ric realmente entrou na minha vida quando produziu o Blue e o Green Album do Weezer. Não associei o nome à pessoa por muito tempo.

Além de produzir o Weezer, ele ainda produziu Patti Smith, Bad Brains, Bad Religion, Guided by Voices e até o No Doubt. Ele tinha um bom gosto impressionante e uma sensibilidade pra fazer rock barulhento com toques de pop. Uma grande perda.
E no dia 15 de setembro de 2008, talvez tenha sido a perda mais dolorosa pra mim, pessoalmente. Rick Wright, do Pink Floyd, trazia as melodias e fundamentos espaciais da banda que tanto amo. Por isso o The Division Bell é o disco que mais gosto da banda. Não é o melhor do Pink Floyd, mas é o que mais escuto. É o Pink Floyd da minha época. Quando saiu o Division Bell, fui comprar o CD no lançamento. Essas coisas têm um valor emocional bem maior.

No Pink Floyd, ele participou de todos os discos, menos o The Final Cut, já que tinha sido demitido da banda pelo Roger Waters. Só voltou oficialmente no The Division Bell. Quando saiu o A Momentary Lapse of Reason, em 1987, ele voltou como músico de estúdio (por questões legais), assim como tinha feito em The Wall. No The Division Bell, ele não só voltou oficialmente pra banda como ainda cantou em uma música, coisa que não fazia desde The Dark Side of the Moon.
Bem, eu só queria falar um pouquinho da minha relação com cada um desses heróis da música que nos deixaram num dia 15 de setembro. Cada um me marcou de um jeito e com certeza hoje é dia de ouvir esses três. Lembrar das suas importâncias e ter certeza de que, mesmo não estando mais aqui, eles sempre serão imortais.
Qual a sua relação com cada um desses três?
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