A irreverência do Van Halen com o David Lee Roth no clássico “1984”

Hoje, dia 9 de janeiro de 2025, o disco 1984 do Van Halen, que marca o fim da passagem do David Lee Roth como vocalista da banda, completa 41 aninhos.

Clássico é clássico. Alguns se tornam clássicos por marcarem nossas vidas, outros por nascerem como clássicos, e há aqueles que conquistam esse status por envelhecerem bem.

Apesar de ter sido lançado quando eu ainda tinha apenas 3 anos, foi ao descobrir a banda, com 8 ou 9 anos de idade, que muita coisa mudou na minha vida. Então, tem um fator emocional forte aí.

Já comentei algumas vezes sobre o 5150 ser o meu disco favorito da banda, o primeiro disco do Van Halen com o Sammy Hagar, mas agora vou falar do último disco da primeira fase da banda com o David Lee Roth e seu Rock mais irreverente e cheio de molecagem: o 1984.

O álbum já começa clássico pela capa ousada e icônica: um anjo criança fumando um cigarro. Essa imagem é inesquecível. Dessas capas icônicas da história da música.

As músicas da banda, me transportam para lugares bons da memória. Ouvi tanto o álbum ao vivo Right Here Right Now que quase “furei” o CD na época. O The Best Of também foi trilha sonora constante. Mas é nos álbuns de estúdio que se descobre a genialidade de Eddie Van Halen. Nem vou me alongar muito sobre a morte dele… Hoje a saudade bateu forte, ainda dói.

Além de ser um guitarrista brilhante, Eddie era também um excelente pianista. Com o tempo, ele buscava evoluir o som da banda usando sintetizadores, enquanto David Lee Roth preferia manter o rock mais cru e direto.

Foi no meio desse conflito criativo que nasceu 1984. Um disco que equilibra essas transições de ideias e a evolução musical da banda. O álbum traz hits como PanamaHot For Teacher e, claro, Jump — que talvez tenha a melhor introdução de teclado da história da música.

Clipe de Jump do Van Halen.

Falar do Eddie sem me emocionar é difícil. Estamos chegando naquele momento em que os meus maiores ídolos da vida estão partindo deste plano. Eddie Van Halen, Bowie, Prince, Chris Cornell, Neil Peart… Esses últimos anos têm sido pesadíssimos para mim.

Mas, para celebrar o legado do gênio Eddie Van Halen e o aniversário dessa obra prima, nada melhor do que colocar 1984 pra tocar, fazer a pose de air guitar e dançar sorrindo. Sorriso esse que Eddie sempre carregava enquanto tocava. É assim que quero me lembrar dele.

Ouça o 1984 aqui


Ouça o episódio do nosso Podcast que eu, Bruno Leo Ribeiro e o Márcio Viana, falamos da lenda Eddie Van Halen.