Sebastian Bach fez o disco que o Skid Row adoraria ter feito

Child Within The Man traz o vocalista em excelente forma e mostra que a fenda no tempo de sua antiga banda foi atravessada com novos e surpreendentes clássicos

Tal qual Bruce Dickinson em Chemical Wedding e Ozzy Osbourne em Blizzard of Ozz (ou seria No More Tears ?), nosso querido Bastião parece ter encontrado sua obra de arte profissional com este álbum de capa duvidosa mas canções que não deixam dúvidas. Afinal, qual foi a última vez que pudemos ouvir algo tão poderoso quanto ‘Vendetta’, que consegue capturar a atmosfera de anos passados e fazem encaixar com maestria na previsibilidade da contemporaneidade?

Mas o ponto é que todo o material distribui com equilíbrio o protagonismo das faixas, mostrando a consistência que um disco precisa para valer aquele espaço na prateleira dos colecionadores. Não são apenas hits escondidos entre músicas pouco inspiradas, os 11 atos são indispensáveis e registram uma história de reinvenção de um Sebastian que atravessou a barreira dos 50 anos sem abandonar o posto de frontman da própria vida.

A verdade é que se hoje o grunge fosse o estilo a ser batido, Child Within The Man seria o representante do hard rock/metal nesse assassinato. Podem colocar o sangue nas mãos de Devin Bronson, Todd Kerns e Jeremy Colson que acompanharam o vocalista em estúdio e, claro, na produção impecável de Michael Elvis Baskette que fez uma cesta de 3 pontos aqui.

Discos solo sempre são controversos e causam a incontrolável comparação com os registros da antiga banda do artista. Nesse caso, Sebastian chegou a apoteose de sua criatividade musical sem arranhar sua fase dourada de Slave to The Grind e afins.

De 0 a 10, esse álbum é 18. And life.


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