45 anos sem Bon Scott do AC/DC: O frontman que marcou o Rock e deixou legado e saudades

Falecido em 19 de fevereiro de 1980, Bon Scott comandou o início do AC/DC e é lembrado por hinos inesquecíveis e sua eletricidade.

Ronald Belford “Bon” Scott nasceu em Forfar, na Escócia, e se mudou aos seis anos de idade para Melbourne, na Austrália. Antes de se tornar a voz marcante do AC/DC, passou por algumas bandas, como The Spektors, The Valentines e Fraternity. Ele já era um vocalista com grande presença de palco e, segundo rumores, os irmãos Malcolm e Angus Young já cogitavam chamá-lo para a banda. Mas tem uma versão dessa história bem mais legal.

De acordo com Irene Thornton, ex-esposa de Bon Scott, em agosto de 1974, durante uma turnê do AC/DC com Lou Reed, a banda se apresentou em Adelaide sem um vocalista, tocando versões instrumentais de clássicos do rock. Sob alguma pressão, Bon Scott se ofereceu para cantar e subiu no palco. Os irmãos Young, também escoceses, sentiram uma forte conexão com ele. A eletricidade foi instantânea. O resto é história.

A entrada de Bon Scott trouxe ao AC/DC atitude, carisma e um vocal rouco e agressivo, que se encaixava perfeitamente no som cru da banda. Além disso, suas letras carregavam um tom debochado e irreverente, que se tornaria uma marca registrada do grupo. No início, o AC/DC ainda era uma banda local, tocando em pubs e pequenos clubes. Em 1975, lançaram na Austrália seu disco de estreia, High Voltage.

No final do mesmo ano, lançaram outro álbum, T.N.T., que trouxe pelo menos três hinos máximos do rock: It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ’n’ Roll), T.N.T. e The Jack. Já em abril de 1976, a banda finalmente lançou High Voltage no mercado internacional. Esse disco era uma compilação de músicas dos álbuns anteriores, incluindo She’s Got Balls e Little Lover, do High Voltage original, e faixas do T.N.T..

Em 1976, lançaram Dirty Deeds Done Dirt Cheap, com hits como Dirty Deeds Done Dirt Cheap e Problem Child. Curiosamente, esse álbum só foi lançado nos EUA em 1981, quando a banda já estava gigantesca. No ano seguinte, lançaram Let There Be Rock, um álbum mais pesado e agressivo, com menos influência do blues. O grande destaque ficou por conta de Whole Lotta Rosie.

AC/DC em Londres, 1976

Em 1978, saiu Powerage, que, apesar de não ter tantos hits, é um dos álbuns mais admirados pelos fãs. Já em 1979, a história do rock foi reescrita com o lançamento de Highway to Hell. Produzido pelo renomado Mutt Lange, o álbum trouxe um som mais polido e uma produção refinada, fazendo a banda explodir mundialmente com clássicos como Highway to Hell, Girls Got Rhythm e If You Want Blood (You’ve Got It).

Infelizmente, há exatos 45 anos, Bon Scott faleceu devido a uma intoxicação alcoólica. Sua morte foi um choque e uma tragédia, não apenas para a banda, mas também para os fãs, que guardam com carinho os registros desses seis anos de pura eletricidade. Considerado um dos maiores frontmen da história do rock, Bon Scott deixou um legado de irreverência, carisma, letras provocativas, uma voz inconfundível e uma atitude única.

AC/DC ‘Highway To Hell’

Mesmo devastados, o AC/DC decidiu seguir em frente e recrutaram Brian Johnson para os vocais e lançaram um álbum de luto e homenagem a Bon. Back in Black (1980) não só se tornou um dos discos mais vendidos da história da música, mas também imortalizou a energia de Bon Scott em cada acorde.

Bon Scott se tornou imortal. Marcou a história do Rock, emocionou e influenciou muita gente. Sua ausência é sentida até hoje, mas, felizmente, temos seus grandes discos para reviver sua genialidade sempre que a saudade bater.


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