11 de Janeiro de 2021
Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana nosso time fuça seus apps de streaming e suas discotecas (físicas) especiais para revelar o que anda nos plays recentes, embalando seus dias. São dicas especialíssimas que revelam os gostos pessoais do grupo e reforçam toda a diversidade apresentada semanalmente em nosso podcast.
RECENT PLAYS
Bruno Leo Ribeiro
COR ANTES DO SOL
Começou o ano e fui diretamente pra minha zona de conforto pra ver se o ano começa mais calmo. Então andei ouvindo bastante Coheed and Cambria que é uma das bandas que mais gosto.
Eles fazem um Rock Progressivo, mas que ao mesmo tempo pode ser Metal Alternativo e ao mesmo tempo Emo (?!?).
Pra quem nunca ouviu falar da banda, Coheed and Cambria são dois personagens de uma história chamada Amory Wars, que o vocalista e guitarrista da banda Claudio Sanchez escreveu e lançou até em uma série de quadrinhos (Recomendo).
Mas falando do som da banda, eles fazem uma mistura de Rush com rock alternativo. Talvez o disco que vou recomendar essa semana não seja o melhor pra começar, mas se te agradar, todos os outros vão agradar também. Talvez os discos do começo da carreira da banda não te emocione tanto. Eu mesmo não gosto tanto. Soa muito pop rock americano e me incomoda um pouco, mas depois do disco “Good Apollo, I’m Burning Star IV”, tudo deles é perfeito.
Ouçam o The Color Before the Sun e se deliciem com as músicas “Atlas” (que é o nome do filho do Claudio) e “Peace to the Mountain”, que é a música que fecha o disco de uma forma épica. Esse disco não é tão conceitual, contando as histórias e aventuras do Coheed e da Cambria, é um disco mais solto e moderno, que esse ano faz 6 anos de se lançamento. Como o tempo passa rápido.
Ouça aqui o The Color Before the Sun
Vinícius Cabral
PARA UM 2021 DE CARNE E OSSO
Já na primeira semana de 2021 me vejo completamente esgotado de tanta informação virtual. Se a algum tempo eu tenho manifestado incômodo em relação à forma como consumimos música, não posso ser acusado de conformismo ou hipocrisia, ao constatar que meus plays recentes têm vindo, quase todos, da minha pequena – mas já bastante poderosa – coleção analógica. É claro que não dá pra comprar tudo o que quero ouvir, mas acho que o grande segredo para uma experiência mais “real” com a música pode ser esse equilíbrio entre o que se descobre e ouve nos streamings, e aquilo que realmente queremos aprofundar, em um contato físico mesmo, que exige um pouco mais de nossa atenção e instiga afetos e cuidados especiais.
Da foto, em pé: Picassos Falsos – Supercarioca, Fiona Apple – Fetch The Bolt Cutters (e ao ladinho um CD do Pescado Rabioso – Artaud, no topo de uma pequena pilha cheia de clássicos). Deitados ali, PJ Harvey – Rid Of Me e Rita Lee & Tutti Frutti – Fruto Proibido.
Já falei de quase todos esses discos ou aqui ou em episódios (e com os incríveis Picassos Falsos na fila), e fico muito feliz de compartilhar minha discoteca com esse grupo tão especial de apoiadores e amigos.
Márcio Viana
TERMINOU SUA GUERRA COM OS PÉS NA TERRA E A MÃO NO CORAÇÃO
Conheci La Vela Puerca por meio de uma versão, Vai Se Abrir, do IMOF, projeto curitibano que participou da coletânea Somos Todos Latinos, organizada pelo portal Scream & Yell. A música, a bem da verdade, em sua versão em português não entrega o que seria o som da banda original, apesar de agradar bastante com sua pegada oitentista. Mas o som da banda uruguaia La Vela Puerca é bem mais amplo do que isso. Juntando elementos de ska, reggae e música regional, além de ter conexão com o rock praticado na vizinhança (incluindo o Brasil: o grupo já tocou muitas covers de bandas brasileiras em shows, como Titãs, Legião Urbana e Paralamas).
Bem, o fato é que depois de ver o documentário Quebra Tudo, da Netflix, já falado por aqui pelo Vinícius Cabral, minha vontade de conhecer ainda mais bandas do nosso continente aumentou, e eu resolvi começar por eles, porque em determinado episódio ouvi um trecho de Zafar e senti o potencial de hino que o refrão dessa música contém.
Em dezembro, o grupo lançou um single, Mutantes, um ska bastante animado, com divisão entre os vocalistas (são dois).
Se eu puder recomendar um disco para começar, talvez valha ir direto na jogada certa de A Contraluz (2004), que tem a já citada Zafar e a versão original da música que citei lá em cima, Va A Escampar, mas eu diria que seja de onde for, não tem erro.
Ouça a discografia disponível em streaming aqui
Veja La Vela Puerca tocando O Beco, dos Paralamas do Sucesso aqui (gravação amadora)
Brunno Lopez
DON’T STOP BELIEVIN’
Posso dizer que comecei o ano da melhor forma possível: descobrindo um cover.
E não foi qualquer cover. Afinal, estamos falando de uma versão de extremo gabarito e bom gosto do Journey.
E além das belas performances vocais que o Halocene trouxe para essa canção, é preciso destacar os excelentes arranjos criados para a música, deixando-a ainda mais envolvente, marcante e com aquele pézinho no prog metal que faz a gente sorrir de satisfação e contratempo.
A banda criou esse material para comemorar os 500.000 assinantes do grupo no Youtube.
Acabou ganhando mais um.
É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.
Abraços do nosso time!
Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana