21 de Dezembro de 2020
Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana nosso time destaca as principais notícias, curiosidades, acontecimentos relevantes e/ou inusitados do mundo da música. Claro que, cada um à sua maneira, e abordando sempre o universo musical de sua predileção.
NOTÍCIAS
Bruno Leo Ribeiro
GOSTO PRESIDENCIAL
Goste ou não do Barack Obama, o ex-presidente dos Estados Unidos tem um excelente gosto. Todo ano ele faz uma lista que inclui os melhores filmes (esse ano ele até colocou o filme Brasileiro Bacurau na lista), melhores séries, melhores músicas, entre outras coisas.
A lista dele tem de tudo e vale a pena dar uma olhada! Ele cita Bruce Springsteen, Bob Dylan, Jeff Tweedy, Dua Lipa, Jessie Ware, J. Cole, Travis Scott, Chris Stapleton, Ruston Kelly e muito mais.
Ano que vem quem sabe a gente não chame ele pra participar dos nossos episódios de fim de ano. 🙂
Ouça aqui a Playlist do Barack Obama
Vinícius Cabral
ROMPAN TODO
Todos já devem saber que estreou neste último dia 16 na Netflix uma série documental sobre o rock na América Latina, Rompan Todo. Eu assisti apenas um episódio, mas sinto que já é importante fazer alguns comentários. Como disse a Bruna Soares, nossa apoiadora, o documentário é só a porta de entrada para drogas mais pesadas (n. do e: nosso episódio sobre o Soda por exemplo).
Fiquei um pouco decepcionado com a rapidez com que abordam algumas das bandas e momentos cruciais, que talvez valham um olhar detalhado em nosso Silêncio no Estúdio num futuro próximo: Los Saicos, a banda peruana que inventou o punk (sim, é isso mesmo), Los Gatos e a explosão brilhante e inovadora de Tanguito na argentina, e os Los Shakers, os “Beatles uruguaios” que, apesar da carreira abreviada e das letras em inglês, foi uma banda que evidentemente alcançou (se não superou, em alguns níveis) a banda “matriz” europeia (e de quebra criou a Rompan Todo, que dá nome à série e que tem uma versão sensacional de … Charly e Aznar unindo-se à lenda Sandro no sensacional Tango 4).
Mas a maior decepção pra mim desse início de série foi não terem explorado mais a fundo o que parece ter sido um conflito, desde o início, entre algo comercial basicamente fomentado pela indústria fonográfica – de bandas que que surgiam para copiar o que vinha de fora, ainda que traduzindo as letras – e a válvula de escape disso, que construiu de fato a identidade do rock latino-americano a partir daquele momento. Esse conflito se materializa em uma fala de Santaolalla, da banda Arco-Íris que conta o quanto a tentativa comportada e midiática de La Joven Guardia (na argentina um conjunto, mais do que um movimento) naufragou diante da potência contestadora e autoral dos artistas argentinos. Será que por aqui foi assim também?
Outros destaques decepcionantes: não dá tempo de revelar nem 10% dos artistas fundadores do rock no México e, claro, uma das primeiras coisas que eu pensei quando vi o anúncio do projeto: o Brasil não faz parte da América latina?
Márcio Viana
SOBRA EM PÉ SÓ QUEM TEVE A MANHA DE DIZER NÃO
Um dos grandes representantes do rock goiano, a banda Violins, entre suas idas e vindas, nunca teve sua obra completa nas plataformas de streaming, e ainda sofria com uma confusão que parecia insolucionável: no meio da discografia figurava um disco de um grupo chamado The Lost Violins, que nada tinha a ver com o grupo liderado por Beto Cupertino. Coisas que o tagueamento feito por máquinas proporciona. Depois de muito trabalho, a banda conseguiu remover de seu perfil o disco desconhecido, e de quebra incluiu esta semana o álbum Violins, de 2012, que nunca havia sido disponibilizado nas plataformas. O destaque deste disco é a faixa de abertura, A Questão do Chão, mas eu acho que a banda não conseguiu repetir a genialidade do antecessor, Direito de Ser Nada, uma das minhas escolhas de álbum da década passada.
Pois bem: o Violins fez uma pausa após este disco, e Beto aproveitou para lançar um projeto paralelo, chamado Tonto, com o qual lançou Aliança Hostil, em 2015. Este disco também não estava nas plataformas de streaming, e aqui o problema resolvido com o Violins volta para assombrar o Tonto: no perfil do grupo, se misturam lançamentos de bandas homônimas.
Aliança Hostil, o disco, é ousado ao lançar mão de uma característica: não tem guitarras. Aqui, as harmonias ficam a cargo dos teclados, inclusive em músicas com alguma distorção.
Deste disco eu destaco Comício, com belíssima participação da conterrânea da banda, Bruna Mendez, mas há muitos outros bons momentos, como De Boa, Valsa Invisível e Pane.
Brunno Lopez
GATOS TEM 9 VIDAS E 75 ANOS
Fizemos um episódio sobre o Kiss este ano e, consequentemente, falamos do baterista Peter Criss. Ontem, 20 de dezembro, o eterno Catman completou setenta e cinco primaveras e sua mulher preparou um vídeo muito interessante de parabéns, com grandes personalidades enviando seus depoimentos sobre o lendário integrante da banda mais quente do mundo.
Tem Mike Portnoy, Joey Perry, Chad Smith, Lita Ford… enfim. Vale a pena assistir esse material de congratulações a esse ícone do Hard Rock!
É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.
Abraços do nosso time!
Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana