Newsletter – Silêncio no Estúdio Vol. 51

13 de Julho de 2020


Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana nosso time destaca lançamentos que têm feito suas cabeças. 


LANÇAMENTOS

Bruno Leo Ribeiro

ACELERANDO A SEMANA MUNDIAL DO ROCK
Já cansei de falar em episódios que amo de paixão o Pain of Salvation. Citei em vários episódios sobre a banda. Pra mim, o Pain of Salvation é a banda de metal progressivo que mais me emociona na vida. Desde o disco Entropia de 1997 até o disco de In the Passing Light of Day de 2018, a banda sempre tem algo que me impacta demais. 

Na semana passada, eles lançaram o primeiro Single do disco que vem no final de agosto chamado Panther.

A música Accelerator é impressionante. Se o disco vier nessa mesma pegada, já pode anotar que esse disco vai subir no meu ranking de discos do ano.

Além do Pain of Salvation, o Doves (eles) lançaram o primeiro single de um disco novo depois de tanto tempo. Achei bem interessante e vale dar uma conferida se seu negócio não for prog metal.

E o Deep Purple (SIM!!!!), lançou mais um single chamado Nothing At All do disco de mesmo nome que vai sair em algum momento desse ano. 

E pra fechar, o Lamb of God, finalmente lançou o seu disco completo chamado Lamb of God. O primeiro disco sem o baterista e fundador Chris Adler é um disco bom, mas fiquei meio assim porque o novo baterista Art Cruz acabou tocando uma bateria muito parecida com as coisas que o Chris faria… Acho que a culpa nem é dele, mas esperava um pouco mais de personalidade dele nas músicas. Então acabou que é um disco do Lamb of God, igual a outros discos do Lamb of God, mas sem o baterista fundador. Se for pra mudar, que seja pra trazer a personalidade do novo integrante pra sonoridade. Se for só pra soar como o antigo.. Era melhor contratar um Hired Gun. Mas vale… o disco é bom como todos os outros da banda.

Ouça o single do Pain of Salvation aqui

Ouça o single do Doves

Ouça o single do Deep Purple

Ouça o disco do Lamb of God


Vinícius Cabral

MULHERES NA MÚSICA PT. III
Eu achei que a instituição “banda de irmãos” tinha nos traído miseravelmente a partir, sei lá, de Jonas Brothers. Achei errado. HAIM, formada pelas irmãs Danielle, Alana e Este Haim, escrevem, em seu terceiro – e perfeito – trabalho, uma nova história para essa categoria tão inusitada de bandas (que, para o bem ou para o mal, permeiam a história da música Pop e do Rock, seja com Beach Boys,  Jacksons Five, ou com um The Shaggs). 

As irmãs já tinham chamado os holofotes para si alguns anos atrás com premiações e muita mídia, mas faltava um trabalho que justificasse qualquer tipo de frisson, em minha humilde opinião. Não falta mais. 

Para dizer o mínimo, Women In Music Pt. III é o melhor álbum indie-pop de 2020. Esse é um fato que eu não consigo muito disputar. 

De cara, é uma coleção de Hits, abrangendo uma enorme gama de sonoridades; do Ska Pop noventista de Los Angeles e Another Try ao clima Natalie Imbruglia de Gasoline (clássico instantâneo!!), passando pelo Miami Bass de Girlband clássico de I Know Alone (com um cipe incrível onde as irmãs fazem uma coreografia inesquecível). Por falar em Girlband, é claro que aqui e ali a banda desfila sonoridades mais “descaradamente” Pop do “formato”, como em 3AM, All That Ever Mattered (que chega a lembrar Michael Jackson) ou em Don’t Wanna (essa chegando a lembrar Backstreet Boys no refrão). 

Mas é claro que a grande força do que eu destaco como indie-pop está, no caso da banda Californiana, no “indie” da equação. O single bônus Summer Girls é um hino indie de respeito, acompanhada por Man From The Magazine, com direito a um Drop D e uma melodia pra lá de Indie mesmo (com “i” maiúsculo). É gigantesco o repertório das irmãs-compositoras-cantoras, que em 13 faixas (e três Bonus Tracks igualmente imperdíveis) passeiam por diversas sonoridades com maestria. 

Se nada disso os convenceu a dar o play, vou apelar: procurem o single The Steps com seu vídeo no YouTube. A música em si é um dos clássicos do ano: com progressão nas estrofes elegantemente “emprestada” de My Sweet Lord do Harrison (por sua vez já “emprestada” de tantas outras canções), a música cresce em um refrão irresistível. Aos 3:33 do clipe, as cenas escalonam para mostrar Danielle Haim, cantora, guitarrista e, eventualmente, baterista, em sua batera de poucas peças (bumbo, caixa, chimbal e pratinho de ataque) descendo o braço. Se não for o suficiente pra você se apaixonar – pela banda, pela música, pela Danielle, por tudo – aí já não sei mais o que dizer. 

Ps- O disco se chama Women In Music Pt. III porque, segundo Danielle, elas estavam cansadas de responder o tempo todo à perguntas como: “como é ser mulher na indústria musical?”. Mandaram bem na ironia. Quem ainda não percebeu que a indústria musical é, majoritariamente, das mulheres?

Ouça Women In Music Pt. III aqui


Márcio Viana

OS STONES CRUZAM UMA LINHA DE QUASE CINQUENTA ANOS
Ando pensando sobre a necessidade das coisas. Especialmente relacionadas à arte. Um disco, por exemplo. Dos álbuns lançados este ano, quais fizeram realmente a diferença ou trouxeram alento/alívio em nosso isolamento forçado?

E foi aí que eu soube que os Rolling Stones preparam para setembro o lançamento de um box-set de Goats Head Soup, seu álbum de 1973, aquele que tem a faixa Angie. E soube que este box trará canções inéditas da banda. Uma delas, Scarlet, terá a participação do pai da homenageada no título, ninguém menos do que Jimmy Page. E aí eu me pergunto: o que impediu os Stones de lançarem a canção na época de sua gravação, em um álbum que, a despeito do sucesso obtido com Angie, nem teve tanto destaque assim (apesar de ser um bom álbum)?

A pergunta vai ficar no ar, mas o álbum, que também terá uma faixa chamada All The Rage, conta com o single recém-lançado Criss Cross, com um clipe esbanjando sensualidade, estrelado pela modelo e atriz espanhola Marina “Guindilla” Ontanaya.

E onde se situaria Criss Cross na carreira da longeva banda? Bem, se não desagrada, o single também não inova, seja em relação a 1973 ou a 2020. Talvez por isso não tenha sido incluído na versão original do álbum. Mas em tempos de escassez, talvez faça algum sentido nos contentarmos com estes momentos. Vamos ao clipe:

Veja o clipe de Criss Cross dos Rolling Stones aqui


Brunno Lopez

O DISCO DO ANO SAIU
E eu estou sem palavras pra descrever o quanto vocês precisam ouvir isso tudo com os olhos fechados e o coração aberto.
Sem condições pra expressar qualquer opinião agora. Detalharei letrinha por letrinha no episódio de melhores de 2020.
Pois é exatamente onde esse disco estará!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

(Exclamações eternas não seriam suficientes pra descrever a quintessência desse álbum)

Ouça Lighter aqui


É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.  

Abraços do nosso time!

Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana