Newsletter – Silêncio no Estúdio Vol. 49

29  de Junho  de 2020


Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana nosso time fuça seus apps de streaming e suas discotecas (físicas) especiais para revelar o que anda nos plays recentes, embalando seus dias. São dicas especialíssimas que revelam os gostos pessoais do grupo e reforçam toda a diversidade apresentada semanalmente em nosso podcast.  


RECENT PLAYS

Bruno Leo Ribeiro

TÃO ALTO QUANTO LEÕES
Esses dias resolvi voltar pras minhas memórias de 2006. Nessa época garimpei uma jóia que até hoje eu fico puto quando penso que ninguém conhece essa banda ou que essa banda não foi enorme. Mas assim… Enorme mesmo!

Essa banda de Long Island (New York) chamada As Tall As Lions é talvez a banda mais injustiçada dos últimos anos. Claro que sei que tem muita coisa boa por aí que nunca ouvi, mas essa banda… Pelamor! Você precisa ouvir e nem sei como que não tinha falado dela ainda nas nossas newsletters.

É dessas banda que amo um disco específico e ouço um pouco quando lembro, mas essa semana esse disco me pegou com força de novo e ele não envelhece.

Mas qual som que eles fazem e como que você gosta tanto?

Bem, o As Tall as Lions é uma banda de indie rock, não tem nada de metal, mas soa como uma banda grande. A produção do disco (de mesmo nome As Tall As Lions) é impecável. O disco tem uma mixagem perfeita e uma sonoridade de altíssimo nível. 

Além de músicas impactantes e algumas com cara de música épica, o disco traz um hino do amor. Mas um hino que as pessoas ainda não escutaram que é a música “Love, Love, Love”. (no final da música você estará cantando junto que eu sei).

Uma música que eu queria muito cantar num show deles até a voz ficar rouca. É uma música lindíssima com uma bateria forte, uma linha de baixo maravilhosa e a voz do vocalista Dan Nigro é uma das coisas mais bonitas que já ouvi.

Mas a banda ainda existe? Infelizmente não. Em 2009 eles lançaram mais um disco que é ok, mas nada se comparando com o As Tall As Lions de 2006. 

Mas pra eu não ficar triste, ainda podemos ouvir algumas músicas do Dan Nigro em outros artistas. Hoje ele vive compondo para artistas como Caroline Polachek, Carly Rae Jepsen e até o Billy Idol. 

Dan Nigro é um talento escondido no mundo da música. Hoje vive escrevendo músicas pros outros e quando tentou emplacar com sua banda As Tall As Lions, ninguém deu muita boa, mas eu afirmo com toda certeza, esse disco mudou minha vida.

Se encante com o As Tall As Lions aqui


Vinícius Cabral

TUDO É RECENTE
Começo refletindo sobre o termo dessa seção. Nossos plays recentes. Como fazer quando é tudo recente e o excesso é o que rege o cronograma de lançamentos musicais? 

Até o Bob Dylan lançou álbum novo. O spoiler: parece um álbum do Bob Dylan.

Pronto, agora que eu tirei um dos lançamentos mais urgentes da listinha, fui para os demais lançamentos chamativos (ainda não entrei na Lady Gaga e não sei se entrarei).

Novo da Charli XCX: pior do que os anteriores, mas com ideias e sonoridades hipernovas – ainda sem uma “cola” devida- o som da Charli é inovador…ela vai ainda conduzir o Pop pra outro lugar, mas em termos de álbuns, ainda não lançou sua grande obra não. Aguardo ansiosamente. 

Estão passando pelos plays também álbuns tão “brabos” que não vai dar pra passar sem abordar na seção de “lançamentos” não. Este mês já cubro um – e vou evitar spoiler -. Bjs


Márcio Viana

O MERGULHO NA ALMA DE DOLORES

Dolores Fantasma surgiu para mim tal qual o nome denota: como um vulto. O projeto, colaboração de Olavo Rocha (Lestics, Os Gianoukas Papoulas) e seu filho, Pedro Canales (Os Gianoukas Papoulas, Carcaju), lançou seu EP Voto de Silêncio/Horror Vacui de repente, cheio de colaborações de nomes como Loop B, Rubinho Troll (lendário integrante do Sexo Explícito, banda mineira da qual fez parte John Ulhôa, do Pato Fu) e colegas de Lestics e Os Gianoukas Papoulas, como Luiz Miranda, Umberto Serpieri e Marcelo Patú, além de Thomas Pappon (Fellini, Smack, Voluntários da Pátria).

Em Mergulho, faixa em parceria com Luiz Miranda, Olavo Rocha canta “eu vasculhei a minha alma e te asseguro: nada encontrei de refinado ou de maduro”. Em De Partida, minha favorita, o papo é reto: “esse mundo, meu bem, é meio moinho, meio roda-gigante”, e ainda “eu te espero, meu bem, nessas voltas que são próprias da vida”.

Desde seu lançamento, no início do mês, venho estado encantado com as letras inspiradoras deste disco, que talvez seja difícil demais para figurar em listas de melhores do ano, mas afinal o que não é difícil neste ano?

Ouça Voto de Silêncio/Horror Vacui aqui


Brunno Lopez
QUERIA TER TE OUVIDO ANTES
Uma capa diferente, quase que perturbadora.
Um nome de disco curto e capcioso.
Um nome de banda pouco usual  mas não menos convidativo.
Parece o bastante  para um play.
Faixa 1, ok.
Faixa 2, ok.
Faixa 3. Espera. Isso parece bom.
Não, isso é muito bom.
Versos bem arranjados.
Opa, olha essa ponte.
Hum… o refrão não foi tão forte quanto eu esperava.
Ah, não, errado. Esse refrão faz todo o sentido agora.
Espera, o que é isso?
Que direção essa música tá tomando?
Caralho, eu não esperava por isso.
Sério mesmo?
Uma nova música dentro da mesma música?
Ok, se essa canção tivesse sido lançada esse ano seria minha favorita de 2020.
E de 2019 também.
E de 2018. Que por sinal foi o ano que o álbum saiu.
Eu tô apaixonado.
Eu sequer consegui ouvir a faixa quatro em diante.
Porra, a música se chama Deathwish.
Será que tem clipe?
Digito no busca: Tem clipe.
Meu Deus.
Agora além de ouvir, não consigo parar de assistir.
Boa fotografia.
Levemente perturbador.
Talvez um pouco mais que levemente.
Mas é brilhante.
Minha nova banda favorita?
Talvez minha nova música favorita.
Certamente minha nova música favorita.
Muito minha nova música favorita.
QUERIA TER TE OUVIDO ANTES.
Voltamos ao título?
Sim.
Pois eu continuo voltando nessa música.

Ouçam esta obra aqui pelo amor de Deus


É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.  

Abraços do nosso time!

Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana