Na newsletter desta semana nosso time fuça seus apps de streaming e suas discotecas (físicas) especiais para revelar o que anda nos plays recentes, embalando seus dias. São dicas especialíssimas que revelam os gostos pessoais do grupo e reforçam toda a diversidade apresentada semanalmente em nosso podcast.
RECENT PLAYS
Por Bruno Leo Ribeiro
ENTRANDO EM ESTADO CATATÔNICO
As folhas das árvores estão ficando amarelas e caindo aqui em Helsinki, na Finlândia. Isso significa que chegou aquela época do ano para colocar uma música melancólica e curtir minha estação favorita.
Nada melhor para esse clima do que a banda sueca Katatonia. O som do Katatonia é algo que amo. Por mais feliz que eu possa parecer, as músicas que mais me tocam emocionalmente são as tristes e melancólicas. Não à toa, sempre gostei de bandas como The Cure, Pink Floyd, Anathema e Portishead.
Nesses dias de chuva e frio finlandês (antes do invernão chegar), sempre entro no clima ouvindo Night is the New Day (A noite é o novo dia), de 2009. Meu álbum favorito da banda.
O líder, compositor e vocalista da banda, Jonas Renkse, é comandado por cinco ‘Divertidamentes Tristeza’. O clima das músicas e suas letras vão direto na alma e nos fazem perguntas como: ‘How cold is the sun?’ (Quão frio é o sol?).
Para quem vive em países nórdicos, onde a escuridão é uma normalidade, essa pergunta sempre me pega. Quando há sol, parece apenas uma luz de geladeira, que apenas ilumina. É o sentimento que os discos da banda me trazem. Mas Night is the New Day me representa demais, pois foi o álbum que mais ouvi da banda quando me mudei para Helsinki em 2011.
Eu poderia ficar aqui romantizando o frio, que é mais fácil de lidar do que o calor, mas é melhor você ouvir o disco e refletir sobre isso junto comigo. Eu sei que o clima no resto do mundo está bem diferente, mas fica aí a dica para os dias frios e chuvosos.
Por Márcio Viana
A VIDA NÃO ERA ASSIM
Com o sol escaldante e o cheiro de fumaça da última semana, a experiência de ouvir Bolero#9, novo disco da banda paulistana Lestics foi diferente do que eu esperava.
Não que minha expectativa fosse pequena no que diz respeito às letras da banda, hoje um trio formado por Olavo Rocha (voz), Marcelo Patú (baixo) e Umberto Serpieri (guitarras, bateria, teclados, percussão e vocais). Mas eu talvez não estivesse preparado para o que diz Correnteza (composta na época da pandemia, mas cujos versos se encaixam perfeitamente com o momento atual da humanidade): “respirando sempre menos que o bastante”; “o que não tá em chamas, tá debaixo d’água”.
São nove canções, e todas se garantem para além desse impacto inicial. A parte textual pode ser uma porrada (ou cadeirada, já que está na moda), mas a suavidade do som segura bem e proporciona a experiência agradável da audição.
Ouça no Bandcamp:
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Por Brunno Lopez
PROMETISTE AMOR
E cumpriste.
Diferente do Rock in Rio que prometeu rock e trouxe tudo menos isso.
(Tem exceções – oi Incubus – mas desapontam no geral)
Sem surpresas desmotivadoras como festivais de música temáticos que entregam menos que um parceiro da Amazon com sua comissão atrasada, o Ráfaga se uniu ao Agapornis e mandou um daqueles singles que fazem a cumbia colombiana se tornar ainda mais irresistível.
Às vezes, o que nos deixa feliz é o simples, aquele match que a gente sabe que funciona. E que dueto, meus amigos. Que groove, que vibe, que atmosfera.
Apenas assistam.
Queremos cumbia in Rio.
Por Vinícius Cabral
(Bruno Leo): O Vini esteve nos últimos dias na Escola Estadual João Siqueira Teixeira no distrito de Vermelho, Muriaé. As oficinas de Processos Audiovisuais Cocriativos (PAC) e das edições do Laboratório Audiovisual Cocriativo (LAC) são uma forma inovadora de encarar a arte nas escolas.
Semana que vem ele volta com mais um texto semanal.
É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.
Abraços do nosso time!
Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana