Newsletter Vol. 264

Na newsletter desta semana nosso time fuça seus apps de streaming e suas discotecas (físicas) especiais para revelar o que anda nos plays recentes, embalando seus dias. São dicas especialíssimas que revelam os gostos pessoais do grupo e reforçam toda a diversidade apresentada semanalmente em nosso podcast.  


RECENT PLAYS

Por Bruno Leo Ribeiro

VOO B741

Aussie rock band King Gizzard & the Lizard Wizard gets nostalgic with  'Flight b741' - Lakeland News

Olha! Mais um lançamento do King Gizzard & The Lizard Wizard! É a vigésima sexta vez que se fala isso. Isso mesmo. É o disco de número 26 da banda australiana mais prolífica que o mundo já conheceu.

O King Gizzard não é só prolífico no sentido de sair soltando 2 discos por ano, mas por cada disco ter um tom e sentimento completamente diferente. Tem disco de Synth Pop, tem disco de Metal, tem disco de Stone Rock, tem disco Indie. Tem de tudo um pouco. O King Gizzard é uma banda de música. Vai ter disco que vai te emocionar e vai ter disco que não.

É até complicado acompanhar (é difícil demais) toda a carreira da banda. Eu escolhi nem saber muito das histórias da banda pra focar apenas na música. Gosto de manter o mistério. Demorei pra entrar na festa do King Gizzard, mas agora que consegui entrar, só saio arrastado pelos seguranças.

O disco mais recente (até o lançamento dessa newsletter) se chama Flight b741. É um disco pra gente viajar diretamente pros anos 70 com toques de Southern Rock e Blues Rock com temperos de Steely Dan.

Disco com produção excelente e ótimas músicas. Destaques pra música de abertura “Mirage City”, a super dançante “Field of Vision”, e a música que já nasceu um clássico “Le Risque”.

Ouça aqui


Por Vinícius Cabral

O CANTO DO GUAXE

Meu texto de hoje é parte spoiler (uuhhhh, o que será que vem por aí?!), parte justiça histórica.

Guaxe é um projeto musical formado por dois gigantes do rock alternativo nacional; Pedro Bonifrate (ex-Supercordas, atualmente Bonifrate) e Dinho Almeida (Boogarins). Apesar desse selo de qualidade quase que automático, o projeto parece ter circulado pouco por aqui. Curiosamente, uma das primeiras ocorrências sobre o projeto em pesquisas superficiais vem do portal Whiplash (kk) com o título: “Guaxe: Psicodelia brasileira elogiada no exterior“. Por que só no exterior? Coisas de Brasil.

O time joga em casa, e arrebenta. Em seu debut de 7 faixas o duo apresenta uma síntese estética da identidade dos dois artistas, fundida a uma atmosfera lúdica e meio rural (ouvem-se os sons do mato, literalmente). Nos melhores momentos do álbum, como em Onda, Bonifrate e Dinho alternam os vocais brilhantemente, sendo até difícil dizer onde termina a parte de um e começa a do outro. Há algumas canções mais “individuais”, puxadas por Dinho, como Nilo e Povo Marcado, e por Bonifrate, como Desafio do Guaxe mas, em geral, o que se ouve é uma maravilhosa fusão super orgânica entre os compositores e intérpretes. Culminando em uma homenagem ao Cais do nosso eterno Clube na mágica Avesso, penúltima do disco.

O disco também tem uma mãozinha do Diogo Valentino (ex-Supercordas), e apresenta samplers e beats eletrônicos muito bem colocados. Até acho que “psicodelia” é apenas o termo mais fácil pra enquadrar o projeto. Trata-se de um disco arrojado, contemporâneo, cheio de nuances e alternativas ousadas. Ouça aqui:

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Ou onde mais você quiser…


Por Márcio Viana

INDIE DA ÍNDIA

Em 2008, Suryakant Sawhney teve uma experiência espiritual em São Francisco que o levou a acreditar que deveria considerar seriamente uma carreira na música. Depois da tal revelação, Sawhney se tornou o vocalista e guitarrista da Peter Cat Recording Co, banda formada em Nova Delhi e hoje radicada em uma vila em Goa, com a qual lança agora seu oitavo disco, BETA.

O disco passeia por um pop experimental bastante agradável aos ouvidos, em que todas as músicas – talvez por influência do local que escolheram para habitar – apresentam aquela sensação de paz.

BETA – que significa filho em hindi, pode ser visto como uma coleção de reflexões sobre as relações humanas e o futuro, trazendo para dentro desta temática a questão da paternidade.

Vale conhecer.

Ouça aqui:

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Ou aqui


Por Brunno Lopez

RÉQUIEM

Qualquer semelhança entre Guilherme de Sá e Mauro Henrique pós banda original pode ser mera coincidência, mas não importa. Fato é que, tal qual o ex Oficina G3, o ex Rosa de Saron aparece com uma guitarra em punho, uma banda pulsante e uma nova composição num energético registro ao vivo.

Réquiem é provavelmente um pouco de tudo o que o vocalista não conseguia ser em seu último trabalho, de forma integral, mas dava sinais em suas últimas canções ao lado de seu antigo grupo de Campinas.

A melhor versão de um artista criativo é sempre a próxima. E a próxima é esta.

Assista aqui


É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.  

Abraços do nosso time!

Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana

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