Newsletter Vol. 236

Na newsletter desta semana nosso time fuça seus apps de streaming e suas discotecas (físicas) especiais para revelar o que anda nos plays recentes, embalando seus dias. São dicas especialíssimas que revelam os gostos pessoais do grupo e reforçam toda a diversidade apresentada semanalmente em nosso podcast.  


RECENT PLAYS

Por Bruno Leo Ribeiro

AO VIVO, AO VIVO, AO VIVO!

RE-REVIEW: KISS – Alive III (1993) | mikeladano.com

Uma das coisas que mais acho fascinante quando volto nas minhas memórias é pensar no meu ponto de entrada. Ou até melhor pensar no momento que a banda ou artista me marcaram de verdade.

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Cresci ouvindo Kiss por tabela. Como já falei algumas vezes, meu irmão é 11 anos mais velho que eu. Então Kiss era familiar. O Love Gun era um disco que eu mesmo escolhia pra ouvir de vez em quando (foi quando Shock Me virou minha música favorita da banda).

Mas a banda realmente me pegou 100% com um disco de The Best Of chamado, “Smashes, Thrashes & Hits”. Além de várias grandes hits da banda, ainda tinham duas novas músicas: “Let’s Put the X in Sex” e “(You Make Me) Rock Hard” (músicas com participação do genial compositor de hits Desmond Child).

Mas tudo aquilo ainda era coisa antiga que já existia quando eu comecei a prestar mais atenção na banda. Mas foi em 1993 que eles lançaram o terceiro Alive da banda, o Kiss Alive III. Esse vivi em tempo real e foi a primeira vez que eu senti que eu estava participando daquilo.

Eu ouvi tanto esse disco que sei de memória as falas e sequências de músicas. Aquele é o meu KISS. Essa é a banda que eu tava descobrindo. É o Kiss que eu tenho nostalgia. O Kiss de maquiagem é o Kiss canônico.

Essa formação com o Bruce Kulick e o Eric Singer, tecnicamente os melhores músicos que já passaram na banda (sem polêmica), que eu me apaixonei pela banda. O repertório é maravilho e tem vários hits do excelente disco Revenge de 1992.

Com essa saudade, ouvi bastante o Alive III nos últimos dias. Se eu fosse você, ouvia com carinha ele também.

Ouça aqui


Por Vinícius Cabral

UM TEMPO

Este pobre colunista tirou alguns dias de “férias”. Então não tem texto mais elaborado, apenas uma dica (que até já passou por aqui), mas que é de um disco que não saiu do repeat nestes (pouquíssimos) dias de descanso.

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Por Márcio Viana

DEPOIS DA DESTRUIÇÃO

Se eu tivesse ouvido After Destruction, dos mexicanos do Descartes a Kant, à época do lançamento, em setembro de 2023, minha lista de melhores do ano seria sensivelmente diferente, ainda que eu ache coerentes as escolhas que fiz.

Fato é que tomei conhecimento do disco e adorei a sua construção, com as canções intercaladas pelas instruções de um computador chamado The DAK (que eles afirmam ser o quinto integrante da banda, hoje um quarteto, após a saída de vários membros).

Ou seja, é um disco conceitual, com os monólogos da máquina The DAK alternando com canções que se conectam com estas conversas. Você pode até achar que caberia ser apenas um EP, sem a parte performática, mas a real é que o conjunto funciona bem melhor, e é realmente uma experiência melhor ouvir o álbum na sequência, sem a intromissão do shuffle e sem pressa. Nesse ponto, deve ser bacana ter o belíssimo vinil cor de rosa (infelizmente já esgotado).

O som é punk, é proto-punk, é pós-punk, é indie, e as músicas trazem letras e títulos inspirados, como The Mess We’ve Made, Raindrops of Poison ou Graceless, que é introduzida pela máquina na faixa de abertura Hello User.

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Ou:

Ouça aqui


Por Brunno Lopez

CHAMA O GERENTE

Apesar de ser uma música de 1996 e poder caber tranquilamente em nossa seção de clássicos, essa faixa tem sido um repeat de revisitação por diversos motivos. Um deles é um exercício de audição para temas de bateria e é sempre curioso perceber que, por mais que possamos explorar o grande universo de músicos das baquetas ao redor do mundo, sempre acabamos de volta no Brasil, aplaudindo os gênios que fazem nosso groove ser tão único.

Não por acaso, o artista em questão foi um dos primeiros que escutei quando estudava bateria. Intitulado ‘Infante’, o debute do baterista Cláudio Infante é aquele mergulho no brazilian jazz da forma mais fluente, pitoresca e técnica possível. Não por acaso, ele esteve entre os 100 maiores bateristas do mundo em 2002.

’Chama o Gerente’, por sua vez, capta a atenção pela pluralidade de estilos e mudanças de andamentos de um jazz com tempero tupiniquim genuíno. Infante consegue imprimir a suavidade do ritmo clássico tornando-o pulsante e imprevisível. É samba, é bossa nova, é rock, é tanta coisa entrelaçada brilhantemente que a música instrumental ganha a voz que merece em nosso solo.

Ouça aqui


É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.  

Abraços do nosso time!

Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana

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