A noite em que o céu ardeu ao vivo

A latinidade invencível de um dos registros mais marcantes da banda mexicana que temperou o rock para sempre

ardeu o céu tudo

O Maná já havia encenado uma das maiores reviravoltas da história do pop rock latino com o disco Amar Es Combatir, lançado lá em 2006 que, para todos os efeitos, trazia os elementos que fizeram o grupo reinar supremo pelos anos 1990. Era a reafirmação de um fenômeno mainstream que flutuava entre o rock acústico melódico, baladas abusando do violão clássico e um shufle reggae-rock que faria o The Police se sentir representado, só quem espanhol.

Depois de quebrar todos os recordes possíveis, nada mais coerente do que aquele bom e velho registro ao vivo para colocar suor e vozes eufóricas ao belo trabalho criado em estúdio. Arde El Cielo teve o poder de ressurreição de uma carreira, reposicionando a história em um novo patamar, mostrando que ainda existia muito a se conquistar não apenas com os clássicos, mas com o fôlego novo até de direcionamento musical.

Gravado ao vivo no El Coliseo de Porto Rico, enxergamos uma banda coesa, madura e desfrutando de sua melhor forma, levando um brilho diferente aos sucessos e envolvendo na mesma intensidade ao composições que chegavam pra conquistar espaço no meio dos hits.
Uma delas em especial, “Si No Te Hubieras Ido”, estreou sem dó na primeira posição do Hot Latin Charts.

Tal qual um Alive II ou um Live Killers, Arde El Cielo é um legítimo souvenir pós-turnê delicioso: leve no repertório recente e também uma antologia nostálgica de uma das maiores bandas de rock do México. E não só dele.


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