
MONCHMONCH, a alcunha com a qual se apresenta o paulistano Lucas Monch, lançou nesta última terça, 17/06, o disco conceitual de punk experimental MARTEMORTE.
Gravado no Brasil e em Portugal, com músicos dos dois locais, MARTEMORTE é descrito no release do projeto como “álbum-quadrinho”, por chegar acompanhado pela HQ com interpretações visuais sobre as nove músicas do disco.
A princípio, o trabalho foi pensado para ser uma gravação simples, com os músicos brasileiros do projeto, mas acabou por evoluir para um trabalho conceitual, gravado também com músicos portugueses em algumas faixas, trazendo este fator inusitado de ser uma banda binacional.
O conceito do disco é descrito como um cenário que engloba o trabalho: bilionários colonizam Marte e, de lá, assistem — e contribuem — para o colapso da Terra. Absurdos do mundo pós-moderno são expostos com humor, ironia e um apego simbólico ao pão de queijo, transformado aqui em alegoria de desejo, poder e banalidade.
A irreverência do projeto e do tema proposto traz à tona canções como JEFF BEZOS PAGA UM PÃO DE QUEIJO e VELHOS BRANCOS VELHOS CAREQUINHAS.
Se já é difícil ter ideia do que significa ser punk experimental, o que se ouve e as referências reveladas pelo artista (“de Viagra Boys a Tom Zé”) também não são fáceis de se identificar, até pela mistura que propõem. Mas me lembrou também um pouco do Pato Fu da época de Rotomusic de Liquidificapum.
A versão em vinil do disco traz um lado B intitulado DOS ENTULHOS LOUCOS CAVAM SOL, com canções menos voltadas para a crítica social e mais introspectivo.
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