Newsletter Vol. 252


RECENT PLAYS

Por Bruno Leo Ribeiro

MÚSICA PARA AEROPORTO

Brian Eno: Ambient 1: Music for Airports Album Review | Pitchfork

Estou no meio de uma grande mudança. Então meu texto será curto, mas irei recomendar um dos discos mais legais pra quem tá viajando ou gosta de aeroporto (não é meu caso).

Em 1978 o Brian Eno, produtor, músico, compositor e muito mais coisas, lançou o disco Ambient 1: Music for Airports.

Fica aí a recomendação. São 42 minutos de loops e ambientes pra quem curte música experimental. Mete esse play e torça por mim nessa nova mudança. Semana que vem tudo volta ao normal :).

Ouça aqui


Por Vinícius Cabral

ETERNO

Já corre pesado em nosso grupo fechado de zap (se você assina o podcast acaba tendo este privilégio, fica a dica) que o Vini (eu) não gosta de artistas que tenham álbuns lançados.

Maldade, poxa. Eu só sou profundamente crítico e, claro, quando estou em fase de composição (está acabando, gente, prometo) acho profundamente prejudicial ficar ouvindo música (de outros artistas). Só que, mesmo nessas circunstâncias, chega uma hora que fica difícil não ouvir nada. Descobri que, se eu escutar algo completamente fora da mira estética daquilo que estou compondo, não me sinto tão invadido.

Invoquei novamente, pois, com nosso mestre Sabotage. Um dos maiores rappers brasileiros de todos os tempos (quiçá do plaaneta). Eterno. Bateu essa aqui:

É claro que, como não sou realmente contra álbuns, fica a dica desse disco de 2016, póstumo do mestre. Sou contra álbuns póstumos, claro, mas acho que neste lançamento houve um respeito muito grande ao artista. Abro uma exceção.

Ouça Sabotage (2016) aqui


Por Márcio Viana

PRA LÁ DE MARRAKECH

Dentre as diversas pautas que eu ando devendo para episódios do podcast, uma das mais difíceis é a sobre o blues do deserto. Ela certamente vai sair, mas por enquanto eu tenho preferido digerir com calma os sons que vêm chegando. Taí o Mdou Moctar fazendo discos que sempre entram em listas de melhores do ano pra comprovar.

O Bab L’ Bluz, grupo franco-marroquino formado em 2018 em Marrakech pelo núcleo que reúne a cantora e musicista Yousra Mansour e o também multi-instrumentista Brice Bottin, chega agora com seu segundo disco Swaken, e traz uma mistura empolgante de rock psicodélico, blues, funk, soul e música tradicional norte-africana.

Se a gente para pra pensar que todos os artistas ligados à psicodelia se voltavam ao oriente para buscar inspiração, nada mais justo e adequado que beber direto da fonte, e é isso que o Bab L’ Bluz nos oferece, inclusive nos lembrando de onde é que veio o blues.

Tem tudo o que caracteriza uma obra prima, e talvez seja. Dá o play aí no Bandcamp e vê se concorda comigo:

[bandcamp album=3444703269 size=large bgcol=ffffff linkcol=333333 artwork=small transparent=true]

Ouça também aqui


Por Brunno Lopez

PUMP IT (E NEM É BLACK EYED PEAS)


O gutural é um obstáculo sonoro muito desafiador para meus ouvidos e isso nunca foi uma novidade. A última banda que conseguiu desbloquear essa barreira foi o Ad Infinitum, com a Mellissa Bony dosando bem a técnica.
E aí eis que aparece aquela indicação marota no escritório e eu decido dar uma chance pra ver se a sexta-feira melhorava. E não é que melhorou?

O Electric Callboy é uma completa aventura de sorriso inevitável e quem ouve não sabe ao certo se está numa academia dos anos 80 com membros do Hermes e Renato fazendo uma espécie de Massacration DJ.

Eletronicore soa repelente num primeiro momento, tal qual um miojo com tempero de Nesquick morango. Porém, depois que você prova, parece fazer sentido e você até repete.

As interpretações são igualmente impressionantes. Experimente assistir “Pump It” antes de fazer seu treino. É mais potente que creatina.

Assista aqui


É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.  

Abraços do nosso time!

Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana

Thanks for reading Newsletter Silêncio no Estúdio! Subscribe for free to receive new posts and support my work.