20 de Janeiro de 2020
Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana nosso time destaca as principais notícias, curiosidades, acontecimentos relevantes e/ou inusitados do mundo da música. Claro que, cada um à sua maneira, e abordando sempre o universo musical de sua predileção.
NOTÍCIAS
Bruno Leo Ribeiro
COM TEMPO IRMÃO
A franquia James Bond, com o famoso agente 007, sempre nos trouxe músicas sensacionais. Costumo dizer que a melhor música tema de James Bond é “You Know My Name”, com a performance maravilhosa e sem defeitos do Chris Cornell. Toda vez que um novo filme da franquia aparece, começam as especulações. “Quem será o próximo Bond?”, “Quem é a Bond girl?” (que cá entre nós, é bem sexista), e principalmente, “De quem será a próxima música tema?”. Ainda bem que estamos em 2020 e agora vamos ter o James Bond aposentado, uma mulher negra como agente do MI6, uma das roteiristas do filme é a maravilhosa Phoebe Waller-Bridge (Fleabag e Killing Eve) e tenho o prazer de contar que ninguém menos que a dona de 2019, a jovem Billie Eilish, junto com o gênio Hans Zimmer fazendo a música tema do filme “Sem tempo irmão” (na verdade é Sem Tempo Para Morrer, mas prefiro chamar de sem tempo irmão).
A música ainda é uma surpresa, mas a Billie contou em uma entrevista que pra ela é surreal ainda, mas que sempre foi uma missão dela e do seu irmão (compositor parceiro dela) de criarem uma música para o James Bond. Talvez esse seja um ápice para um compositor e uma compositora. Tivemos Tina Turner, Madonna, Adele e muitas outras mulheres maravilhosas interpretando a música que começa o filme.
Não temos nem que especular se ela é o nome certo pra este momento, ou se ela é jovem demais. O mais importante é que estamos em 2020 e o mundo está mudando. As convenções se adaptando e quem sabe um dia ainda não possamos ver um tema de James Bond, num filme que tem o Brasil como cenário em alguma dessas missões e tenhamos uma música tema do 007 com a Pabllo Vittar. Vamos aguardar.
Vinícius Cabral
A OSTENTAÇÃO DOS FESTIVAIS
Uma das notícias que mais movimentou o mundo da música nas primeiras semanas de 2020 foi a divulgação do lineup do Coachella. Pra quem me acompanha aqui no podcast, parece uma seleção de “melhores momentos” de quase tudo que eu cito e exalto por aqui. Minha lista de melhores de 2019 está quase toda escalada para o festival (Lana, FKA Twigs, (Sandy) Alex G, blackmidi, Weyes Blood, etc, etc). “Então você deve estar louco pra ir, né??”. A resposta é: na verdade, na verdade, não! O último festival que fui foi o falecido Tim Festival, em 2008. Como amante de música, eu simplesmente não suporto gastar horrores para ficar horas e mais horas em pé no meio de uma multidão aguardando os meus shows preferidos. Gosto, é claro, pra caramba de apresentações ao vivo, mas tenho dado preferência a artistas locais, que posso conferir na minha cidade, em casas onde a acústica é agradável e a plateia tolerável. Estes festivais grandes nada mais são, na minha opinião, do que uma ostentação. É muita grana e estrutura dispensada em reunir numa só “festa” uma infinidade de artistas, formando um Dream Team que mais parece um bait para assessorias. É claro que, vez ou outra, nossos artistas prediletos conseguem fazer apresentações antológicas nestes grandes eventos, mas isso é a exceção para uma regra mediocrizante. No mais, só de olhar para a imagem eu penso que aquilo poderia mais ser uma lista de artistas relevantes dos últimos anos do que um lineup, e com uma diagramação terrível que rankeia os artistas por tamanho mesmo (comercialmente falando). Há quem diga que, depois da terceira linha, não é pra conhecer ninguém. Eu até conheço (e amo) alguns artistas das últimas linhas, mas entendo perfeitamente a reação. No mais, vale destacar a presença brasileira, com Anitta e Pablo Vittar, e só. Tomara que quem vá aproveite o máximo possível!
Márcio Viana
AS HISTÓRIAS DOS BEASTIE BOYS, POR QUEM AS CONHECE BEM
2020 promete: em abril estreia nos cinemas um projeto muito importante, o documentário sobre a vida e obra dos Beastie Boys. Para contar essa história, ninguém melhor do que o grande cineasta Spike Jonze, diretor de filmes como Ela e Quero Ser John Malkovich, além do clipe dos próprios Beastie Boys, o icônico Sabotage.
A ideia do documentário é ser uma extensão do livro Beastie Boys Book, lançado em 2018, que conta a história da banda nova iorquina de hip-hop formada por Mike Diamond (Mike D), Adam Horovitzelos (Ad-Rock) e Adam Yauch (MCA), que morreu em 2012, vítima de câncer, o que botou um ponto final nas atividades do grupo.
A estreia do documentário, intitulado Beastie Boys Story, está marcada para 03 de abril nos cinemas, com exibição na Apple TV + a partir do dia 24 do mesmo mês. Imperdível.
Assista ao clipe de Sabotage, dirigido por Spike Jonze.
Brunno Lopez
UMA EX-DONZELA DE FERRO NA TV ABERTA
De 1994 a 1999, o Iron Maiden teve no comando do microfone o competente – e corajoso – vocalista Blaze Bayley, que entrou na banda com a nada tranquila missão de substituir Bruce Dickinson.
Sabemos como a história terminou. Porém, de lá pra cá, passaram-se 25 anos. Estes, são comemorados agora por Blaze, numa turnê que passa em terras brasileiras apresentando as faixas clássicas do seu período com Steve Harris e cia.
No último dia 17, ele esteve em Belo Horizonte. E entre um pão de queijo e outro, aproveitou para participar do Balanço Geral Minas Gerais. Teve até Man On The Edge, na puro creme da versão acústica em programas vespertinos populares.
Assista aqui
É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.
Abraços do nosso time!
Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana