11 de abril de 2021
Bom dia, boa tarde e boa noite queridos leitores / ouvintes do Silêncio no Estúdio. Na newsletter desta semana, nosso time destaca as principais notícias, curiosidades, acontecimentos relevantes e/ou inusitados do mundo da música ou, simplesmente, alguma curiosidade ou indicação. Claro que, cada um à sua maneira, e abordando sempre o universo musical de sua predileção.
NOTÍCIAS & VARIEDADES
Por Bruno Leo Ribeiro
A LUZ DO WILLIAM
Que eu sou viúva de algumas bandas, isso não é segredo pra ninguém. Algumas bandas acabam e eu fico tranquilo sabendo que eles entregaram tudo que poderiam. Foi assim com o Rush. Eles acabaram e eu fiquei bem com isso. E tem bandas que ainda não acabaram que eu acho que poderiam repensar se vale continuar fazendo disco.
Uma das bandas que eu realmente sinto falta são os finlandeses do HIM. Talvez por seus integrantes serem ainda relativamente novos e eu gostar muito do som deles. Não tem muitos outros lugares pra se ouvir a mistura de Black Sabbath com Pop Emo e letras de amor e sofrimento. O HIM é isso. Só que mais Metal do que Emo.
Os criadores do famoso Love Metal e do símbolo “Heartagram”, ficaram mais conhecidos quando fizeram um cover de Wicked Game do Chris Isaak e desde então, foram ganhando fãs pelo mundo e até um certo tipo de obsessão de uma parte do fandom.
A banda é muito boa, talvez a melhor da Finlândia na minha humilde opinião, e marcou a vida de muita gente. O vocalista e líder Ville Valo é muito bom no que faz e tem um ar meio místico e misterioso. A banda tinha músicos excelentes e uma sonoridade meio única.
Bem… não é exatamente um disco novo do HIM, mas o vocalista e líder Ville Valo, lançou um single chamado “Loveletting” na semana passada e é basicamente o HIM sem a galera da banda. Eu gostei muito e deu pra matar a saudade.
Ele disse que ficou 2 anos e meio pra fechar esse disco e no comecinho de 2023, vamos ganhar o “Neon Noir”. Estou bem contente com a novidade e com a possibilidade de ouvir “HIM” como um projeto solo do Ville. Pra quem é viúva da banda como eu, certamente também gostou da novidade.
Por Vinícius Cabral
NENHUMA PERDA DE TEMPO
Demorou, mas aconteceu. Depois de mais de dois anos, eu fui a um show. Aliás, pela energia captada no dia do evento, é seguro dizer que muita gente ali estava sentindo o mesmo alívio, a mesma felicidade. Alívio por perceber que a vida, finalmente, (re)existe. Felicidade, claro, pelo encontro de amigos, pelas trocas e pela relação entre as bandas e o público.
Parece óbvio dizer isso, mas em tempos de tudo remotismo, nem é tão óbvio assim constatar e declarar que a música não existe sem o encontro. E isso vale para todas as suas etapas, desde a produção e gravação até a difusão. Mesmo nosso podcast não faria o menor sentido não fossem vocês, apoiadores, que formam uma comunidade de trocas.
E isso tudo transcende, até, pequenos “poréns”. Eu já tinha assistido a dois shows da interessante Mineiros da Lua e, pelo bandcamp, tinha gostado moderadamente de Sophia Chablau & Uma Enorme Perda de Tempo. Mas vendo as bandas ao vivo, algo novo se acendeu, resgatando minha atenção e interesse pelos projetos. O que foi ajudado, é claro, pela possibilidade que tive que levar o CD homônimo da Sophia Chablau pra casa, coisa que me fez dar uma atenção completamente diferente à banda paulistana.
Dito isso, há ainda a última grande notícia que circula o evento: a Casa Matriz resiste. Apesar de ter fechado seu ponto tradicional na galeria do Edifício JK, a mítica casa de shows permanece viva (e, o mais importante, com a mesma energia) na antiga Casa do Jornalista. Permanece, portanto, em um ponto central e com um “arzinho” de point underground.
A vida resiste, a arte resiste, e os cenários independentes sobreviverão.
Por Márcio Viana
A HITMAKER DO HITMAKER
Existem artistas que deixam sua assinatura em tudo que produzem. Um dos maiores é, sem dúvida, Nile Rodgers, que atravessa décadas compondo, produzindo e arranjando verdadeiras obras de arte em forma de canções pop, como We Are Family, Good Times, Le Freak, Let’s Dance, Like a Virgin, Get Lucky ou Notorious.
Dito isso, nada mais justo que a Fender tratasse de eternizar a guitarra responsável por estas harmonias, a famosa Stratocaster branca de 1960 chamada por Rodgers de The Hitmaker, com uma linha signature exclusiva.
A hitmaker tem corpo compacto, feito em alder com contornos personalizados e braço em maple de uma só peça, estojo vintage, com Hitmaker no interior bordado e um certificado de autenticidade personalizado.
Para promover o lançamento da guitarra, a Fender colocou no YouTube um vídeo, com Nile Rodgers falando sobre o instrumento e sobre algumas de suas criações.
Assista ao vídeo de Nile Rodgers para a Fender
Por Brunno Lopez
O BATERA QUE TOCOU NO ANGRA E NO SEPULTURA
O prodígio das baquetas do Angra continua colecionando conquistas históricas. Para muitos, apenas por estar sentado no mesmo lugar que um dia foi ocupado por Ricardo Confessori e Aquiles Priester já seria motivo suficiente pra comemorar.
Porém, desde que se mudou para os Estados Unidos, Bruno Valverde abriu seu leque de possibilidades como baterista, sendo um músico contratado com muitos trabalhos na sua bag de pratos.
Já havia falado aqui sobre sua participação na turnê espetacular do debute de Kotzen e Adrian Smith, uma façanha inenarrável para os adoradores de rock. Tocar com duas lendas de bandas consagradas como Mr. Big e Iron Maiden é, definitivamente, mais do que alguém pode sonhar.
E agora, ele leva sua pegada de traditional grip ao Sepultura (só que ele não tocou de traditional dessa vez). Com a lesão de Eloy Casagrande, Bruno foi convocado para tocar com a banda brasileira em alguns shows da turnê e se mostrou muito consistente nos primeiros vídeos que já circulam.
Sempre ficamos orgulhosos quando vemos músicos tupiniquins se envolvendo em projetos grandes e artistas que antes apenas enxergávamos em posters nas paredes de nossos quartos na adolescência. O movimento de ser um músico freelancer não é novidade em outros instrumentos – uma vez que existem muitos guitarristas, baixistas e pianistas brazucas em LA com agendas lotadas – mas no caso da batera, era algo incomum. Aquiles Priester puxou a fila se apresentando com Tony MacAlpine, WASP e Dragonforce, deixando claro que existe espaço para a bateria nesse nicho também.
Enquanto sua respectiva banda não lança o sucessor de OMNI, dá pra curtir um pouco do meu xará nos palcos, mandando ver num dos grupos mais importantes do país (mais fora dele), junto com o próprio Angra.
É isso pessoal! Espero que tenham gostado dos nossos comentários e dicas.
Abraços do nosso time!
Bruno Leo Ribeiro, Vinicius Cabral, Brunno Lopez e Márcio Viana